quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Não pode ser excluído o direito à resistência

Entrevista de João Decq Motta ao Jornal Diário Insular 
de 26 de Novembro 2011:

A greve geral de 24 deste mês terá sido suficiente para modificar o que quem fez greve pretende ver modificado ou, pelo contrário, terá sido apenas o começo de um percurso?
O que se está a passar em Portugal e numa boa parte do mundo, é uma tentativa fortíssima de impor retrocessos civilizacionais. A luta contra essa tentativa de agravamento da exploração e de aumento, num grau nunca atingido, da concentração do capital tem que ser firme, muito determinada e será certamente longa, mas vitoriosa. A nossa Greve Geral foi um momento importante dessa luta.
Foram lançados cocktails molotov em Lisboa e registaram-se escaramuças entre manifestantes e a polícia junto à Assembleia da República. Poderemos estar perante prenúncios de luta dura nas ruas?
O aparecimento, durante as lutas dos trabalhadores, de oportunistas de vário tipo, que tentam lançar a confusão, é um fenómeno muito antigo e não pode nem deve ser confundido com o endurecimento da luta, que acontece quando a repressão é lançada pelos poderes.
Ao que assistimos foi a atitudes radicais ou pseudo-radicais que nada têm a ver com a orientação imprimida aos protestos dos trabalhadores.
O que vier a acontecer no futuro depende totalmente da prática política dos poderes, isto é, se persistirem em transformar a vida de quem trabalha num inferno, o direito à resistência certamente que se afirmará.
Pode-se diferenciar o continente dos Açores quando se procuram razões para uma greve geral ou, pelo contrário, mete-se tudo no mesmo saco?
As razões gerais são, logicamente, comuns a todo o território nacional. No caso desta Região, há certamente razões específicas que obrigatoriamente entram no fundamento da luta dos trabalhadores: os salários mais baixos, o custo de vida mais alto, as consequências do isolamento das ilhas, os atrasos estruturais, são alguns dos fundamentos específicos que acrescentam razão à razão da nossa luta.
Será mesmo possível, ao ponto a que as coisas chegaram, manter um nível de vida aceitável sem alterar significativamente o modelo de economia vigente no chamado mundo ocidental?
O modelo de economia vigente tem de facto que ser mudado, mas é no sentido de assegurar uma repartição mais justa de rendimentos, de garantir uma adequada remuneração do trabalho, de aumentar a produção de acordo com os interesses gerais, de aproveitar as novas tecnologias para propiciar e construir uma globalização progressista, condizente com os padrões de qualidade, bem-estar e realização pessoal dos indivíduos que hoje se podem atingir. A luta dos trabalhadores, dos democratas e dos cidadãos livres e que prezam a liberdade tem que ser por esses objetivos e tem que derrotar a crescente ditadura que o grande capital internacional está a impor com a aplicação dessas brutais receitas neoliberais e com a introdução da grande agiotagem nas finanças internacionais.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PRAÇA DA INFORMAÇÃO DA GREVE GERAL

A União de Sindicatos da Horta realiza no próximo dia 24 de Novembro, dia de GREVE GERAL, no Largo do Infante na cidade da Horta, Ilha do Faial, pelas 15 Horas a "PRAÇA DA INFORMAÇÃO DA GREVE GERAL" com os seguintes objectivos:
Vamos dar expressão publica á greve geral!
Vamos mostrar a nossa indignação!
a LUTA permitirá um novo rumo para Portugal!
Fazer a GREVE GERAL é fazer um investimento no presente e no futuro.
Pelos nossos direitos laborais e sociais.
Pela salvaguarda dos direitos dos mais jovens, dos nossos filhos e netos
e das futuras gerações.
Por nós, por eles, por Portugal, todos na GREVE GERAL!