segunda-feira, 16 de março de 2009

Carvalho da Silva acusa José Sócrates de vitimização


O líder da CGTP acusa o primeiro-ministro de vitimização, depois de José Sócrates ter afirmado que os sindicatos estão a ser instrumentalizados pelo PCP e pelo Bloco de Esquerda e que não ficou impressionado com os números da última manifestação, que juntou cerca de 200 mil pessoas em Lisboa.
O líder da CGTP, Carvalho da Silva, reage desta forma à acusação feita pelo primeiro-ministro de que os sindicatos estão a ser instrumentalizados pelo PCP e Bloco de Esquerda.
Foi ainda em Cabo Verde, horas antes de terminar a visita oficial, que José Sócrates reagiu ao protesto organizado pela CGTP, que juntou 200 mil pessoas em Lisboa, na última sexta-feira.
«Conhecemos a prática do senhor primeiro-ministro de se vitimizar. E também estamos habituados que qualquer governo que comece a fazer muitas asneiras, procura atacar os sindicatos, face aos protestos que desenvolvem», respondeu Carvalho da Silva.
O líder da central sindical garante que os sindicatos estão imunes à instrumentalização por parte das forças políticas como acusa José Sócrates.
«Estamos cheios dessa lengalenga, há dezenas de anos que repetem sempre a mesma coisa. Já vem de antes do 25 de Abril em que tudo o que era oposição era do PCP. Agora há uma coisa que nós não temos feito que é deixarmo-nos instrumentalizar e andar a fazer propaganda de políticas que são contrárias aos trabalhadores e ao desenvolvimento do país, isso não temos feito», sublinhou.
«Se o primeiro-ministro quer fazer uma campanha negra contra os sindicatos, ele lá sabe porquê», concluiu.
Confrontado pelos jornalistas no final de três dias de visita oficial a Cabo Verde sobre a manifestação da CGTP, que reuniu cerca de 200 mil pessoas em Lisboa na sexta-feira, segundo os sindicatos, José Sócrates acusou as organizações sindicais de se «deixarem instrumentalizar» na convocação de manifestações contra o Governo «pelo PCP e Bloco de Esquerda». O primeiro-ministro recusou-se ainda a comentar o número de participantes na manifestação, preferindo discordar «dos dirigentes sindicais que organizam manifestações» do género, por considerar que não são «solução para nenhum dos problemas».

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